Já sonhou em comprar uma casa ou o carro dos sonhos? Se sua resposta foi “sim”, provavelmente já deve ter pensado em fazer uma visita no banco para fazer um financiamento desse projeto de vida.
Porém, devido às altas taxas de juros que eles te fazem pagar, recorrer a outra modalidade de crédito parece ser uma sugestão viável.
Uma dessas modalidades disponíveis é o consórcio.
O que é consórcio? Vale a pena? É um investimento?
Essas e outras dúvidas podem surgir na cabeça de alguém que se deixou encantar com as propostas de administradoras e vendedoras de crédito.
O que é um consórcio?
Conhecida por ser uma modalidade de crédito, o consórcio foi criado na década de 60 pelo Banco do Brasil, cuja finalidade era facilitar o acesso das pessoas à ter o carro próprio.
O consórcio funciona como um grupo de pessoas interessadas em comprar um apartamento, carro ou até mesmo aparelhos eletrônicos. Essas pessoas geram uma poupança em conjunto, em que cada membro desse grupo paga uma parcela que formam o fundo necessário para a compra do bem em questão.
O valor e período de pagamento das parcelas são definidos pela instituição que reúne os membros do consórcio, que podem variar de acordo com o item de interesse ao grupo.
Nessas parcelas, são inseridos valores como o valor base do bem, taxa de administração, fundo de reserva e seguro.
A administradora realiza sorteios semanais ou mensais da carta do crédito, que permite a um ou mais participantes adquirir o bem desejado pelo grupo. Após o consorciado receber o crédito dessa carta, ele tem acesso ao recurso que lhe permite adquirir o produto que vinha planejando comprar. Vale ressaltar que os integrantes também podem dar lances, e são contemplados caso vençam.
Vale a pena?
A opção de fazer um consórcio pode ser atrativa para um grupo seleto de pessoas. Mesmo apresentando vantagens que vão desde um baixo capital de entrada necessário até processo de adesão simples, optar por fazer um consórcio exige atenção em alguns pontos:
Tempo
A maneira como funciona a contemplação da carta de crédito depende completamente da sorte, tanto no sorteio, como no lance. Em que você é o primeiro contemplado, ou o último.
Participar de um consórcio exige paciência. Se há algum senso de urgência na compra de um apartamento ou carro, pode acabar se frustrando se a sorte não contribuir com a contemplação.
Taxa de administração
O pagamento das parcelas do consórcio não é completamente voltado para a poupança conjunta dos membros do grupo. Mesmo não havendo juros nas prestações, as administradoras cobram uma taxa pelos serviços, cujo valor é diluído nas parcelas. Essas taxas podem variar entre 10% a 23%.
As instituições que vendem o crédito são legalizadas, e o Banco Central é o responsável pela regulação das administradoras que vendem essa espécie de crédito.
É um investimento?
Investir é o ato de aplicar o dinheiro em um produto em que se espera alguma forma de retorno, seja positivo ou negativo. Quanto às classificações de investimentos, existem produtos de renda fixa e renda variável.
Em princípio, possuir uma carta de consórcio não é considerado um investimento, visto que o seu dinheiro aplicado nessa modalidade pode não possuir uma rentabilidade positiva.
Ao optar por fazer um consórcio, o comprometimento de pagar as parcelas durante o tempo definido pela administradora, pode ser uma perda de oportunidade de investimentos.
Há casos em que se passa vários meses pagando parcelas e ainda não consegue ser contemplado. Explorar um cenário em que o valor da parcela do consórcio se transforma em aportes mensais para compras de ativos financeiros, é o caminho certo para conquistar nossos objetivos.
Com base em tudo que foi explicado, fica claro diferenciar um consórcio de um investimento. Agora que você sabe um pouco como funciona essa modalidade de crédito, a vontade de aprender mais sobre investimentos de verdade cresceu, né?
Existem várias aplicações de renda fixa, que possuem baixo risco, e, melhor, rentabilidade do seu dinheiro.
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